sábado, 8 de outubro de 2022

Duzentos Anos!

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Laurentino Gomes fez um excelente trabalho para minorar a ignorância dos brasileiros sobre sua própria História com seu livro "1822: Como um homem sábio, uma princesa triste e um escocês louco por dinheiro ajudaram dom Pedro a criar o Brasil - um país que tinha tudo para dar errado".
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O subtítulo já é muito instrutivo por si só, uma vez que a esmagadora maioria dos brasileiros não tinha a menor ideia sobre quem seria o tal escocês louco por dinheiro, mesmo sendo ele nome de rua em São Paulo e presumo em outras cidades.
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Bem..., na verdade a esmagadora maioria também não tinha certeza sobre quem seria o Homem Sábio e a Princesa Triste.
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Sobre D. Pedro, todo brasileiro acha que conhece, mas não...
Assim como os grandes heróis brasileiros da Guerra do Paraguai - Caxias, Osório e Barroso, D. Pedro também foi vítima de um revisionismo histórico difamante de motivação ideológica.
Cansei de ouvir dos professores de História, desde o curso primário as versões que mostravam o Principe Herdeiro e futuro Imperador como um playboy mimado, mulherengo, bêbado e irresponsável cuja atuação histórica foi tocada na base de rompantes.
Tristemente, uma das fakes news (prá usar a expressão da moda) mais divulgadas contava que o Príncipe declarou a Independência do Brasil no intervalo de acessos de disenteria manifestada na viagem de volta de Santos.
Fontes históricas que citam a lorota as há, só que os professores de História nunca informaram, se é que sabiam, que estas fontes eram de oposição política ao D. Pedro e se dedicavam laboriosamente à tarefa de ridicularizar a figura do filho do D. João.
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Gostem ou não os revisionistas, a quem não agrada que a História do Brasil ostente grandes Homens, D. Pedro foi o Herói de Dois Mundos, que para ficar no Brasil recusou o trono da Grécia, que lhe foi oferecido, líder de duas guerras civis nas quais entrou como a grande zebra, nelas comandou e mesmo lutou com extremada bravura e energia e delas saiu triunfante, conquistador das coroas de dois Impérios e que delas abdicou assim que a paz e a estabilidade foram instaladas.
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Perto da morte, em carta aberta D. Pedro conclamou os brasileiros a abolirem a escravidão, que ele definiu como "um mal e um ataque contra os direitos e dignidade da espécie humana, ...um câncer que devora a moralidade".
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Junto com José Bonifácio de Andrada e Silva, nosso Benjamin Franklin, D. Pedro fundou a hoje maior nação latina do mundo, unificada sob nossa bandeira, sobre seu território continental e falante da mesma língua.
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Que esta nação viva para sempre!

terça-feira, 19 de dezembro de 2017

De Poitiers a Viena.



Por Carlos Acauan


Com cansativa e irritante frequência vemos referências às Cruzadas como aventuras imperialistas do Ocidente contra o Islã.
Geralmente estas referências falam de um Islã que seria o guardião das luzes em uma época na qual a Europa estava mergulhada nas trevas, mostrando este mesmo Islã como vítima inocente da sanha gananciosa das potências ocidentais.

Uma coisa boa em discutir fatos cientificamente é que as evidências conquistam supremacia sobre as opiniões.

E as evidências que destroem a bobajada exposta no primeiro parágrafo podem ser resumidas em três nomes: Poitiers, Lepanto e Viena.
Estes são os nomes de três batalhas quando, em cada qual, o Ocidente esteve a um passo de ser destruído por forças agressoras do Islã.

As datas são autoexplicativas quanto a quem era a potência agressora neste conflito.

Em 732 DC, Carlos Martel derrotou o exército dos mouros de Córdoba nas proximidades de Poitiers, no coração da França.
Se os muçulmanos tivessem triunfado, a civilização Ocidental teria morrido no berço.
Poitiers criou a linha de tempo na qual surgiriam a Magna Carta, a Renascença, a Declaração dos Direitos do Homem, a Revolução Científica.

Note-se que a Batalha de Poitiers ocorreu apenas cem anos após a morte de Maomé, quando os muçulmanos já haviam conquistado na ponta da espada todo o Oriente Médio, todo norte da África e a Península Ibérica.
Esta expansão se deu sem qualquer reação organizada e conjunta da Cristandade, o nome que o Ocidente se dava na época.

A primeira reação organizada e conjunta só se daria na Primeira Cruzada, mais de trezentos e cinquenta anos depois da vitória salvadora de Carlos Martel.
A Quinta e última Cruzada iniciou-se em 1217.
Trezentos e cinquenta anos depois desta última incursão cristã contra o Islã, a sobrevivência do Ocidente estava de novo por um fio, sendo salvo da invasão destruidora dos Otomanos pela vitória da Liga Santa, a coalização Ocidental, na Batalha de Lepanto.

A clareza das contas fala por si.
Trezentos e cinquenta anos antes da Primeira Cruzada o Ocidente lutava pela sua sobrevivência ameaçada pelo Islã e trezentos e cinquenta anos depois da Última Cruzada o Ocidente lutava por sua sobrevivência, ameaçada pelo Islã.

Assim como cem anos depois da morte de Maomé o Islã ja ameaçava destruir o Ocidente, mil anos depois do passamento do Profeta os muçulmanos ainda conservavam o hábito, ameaçando, de novo, invadir a Europa e submetê-la ao Império Otomano, sendo vencidos e detidos, de novo, na Batalha de Viena.

Fazendo a soma dos anos, entre Poitiers e Viena temos quase mil anos de agressões do Islã contra a civilização Ocidental, sendo que cada qual delas poderia ter posto fim ao Ocidente e seu legado, enquanto entre a Primeira e a Última Cruzada passaram-se cento e vinte anos, durante os quais em nenhum momento houve ameaça real de extinção da civilização islâmica.

Como disse, os números falam por si.

domingo, 24 de julho de 2016

Alguns mitos e mentiras sobre Israel e os conflitos do Oriente Médio


Postado originalmente em 01 Jun 2011, 14:41

Por Carlos Acauan

1. Israel promove o genocídio dos palestinos.

Desde a criação do Estado de Israel, o governo que mais matou palestinos em ações militares diretas foi o da Jordânia, nação à qual os palestinos pertencem étnica, cultural e geograficamente.
A organização terrorista Setembro Negro foi nomeada assim para lembrar a data do massacre promovido pelo exército jordaniano.
Em segundo lugar vem o Líbano, que assim como a Jordânia promoveu ações - sem fazer distinção entre militantes armados e refugiados civis - para expulsar de seu território a OLP, Organização para Libertação da Palestina, de Yasser Arafat. Outras nações do Oriente Médio reagiram violentamente à presença de refugiados palestinos em seus territórios.
Israel mantém supremacia militar absoluta sobre os territórios árabes ocupados há mais de quarenta anos. Se reprimisse os palestinos com a mesma fúria com que o fizeram seus irmãos e vizinhos árabes, hoje o povo palestino não existiria mais.

2. Israel é um estado racista, que nega direitos aos que não são judeus

Cerca de 20% da população de Israel é composta de cidadãos árabes aos quais é garantida plena igualdade de direitos civis com os judeus. Estes cidadãos árabes israelenses têm direito a voto, possuem seus próprios partidos políticos de oposição ao governo e mantém representantes eleitos no parlamento.
A maioria dos países árabes impede seus cidadãos judeus de ter acesso a cargos no governo ou de instituir organizações políticas de qualquer espécie.

3. Israel move uma guerra covarde contra um povo fraco e indefeso

Desde sua criação Israel vive em estado permanente de guerra não declarada contra uma coalizão de países árabes cuja somatória das populações, efetivos militares e recursos estratégicos superam os do Estado Judeu em proporção de dezenas contra um. Mesmo assim o Estado de Israel derrotou seus inimigos em campo de batalha por três vezes.

4. O sucesso militar de Israel é devido ao apoio dos Estados Unidos

Israel venceu a guerra de independência contra a coalizão de países árabes em 1948 mobilizando as forças e recursos dos movimentos insurgentes judeus que combateram os britânicos.
A Guerra dos Seis Dias foi vencida por um conjunto de estratégias que teve como protagonista o supersônico Mirage III, de fabricação francesa.
Na Guerra do Yom Kippur Israel contou com armamento avançado de fabricação americana, mas seus inimigos árabes eram fartamente supridos pela União Soviética em quantidades muito superiores.

5. O Estado de Israel é ilegítimo

Todos os estados árabes do Oriente Médio tiveram suas fronteiras definidas por tratados arbitrados pelas potências vencedoras da Primeira Guerra Mundial que desmembraram o vencido Império Otomano.
A criação do Estado de Israel também foi arbitrada, porém com a chancela da Assembléia Geral das Nações Unidas.

6. Anti-sionismo é diferente de anti-semitismo, nem todo judeu é sionista

O apoio da comunidade judaica internacional ao Estado de Israel é praticamente unânime.
As exceções numericamente desprezíveis são grupos ultra-ortodoxos como a Naturei Karta ou judeus étnicos ligados a alguma militância política de esquerda.
Ressalve-se que reconhecimento e apoio ao direito de existência do Estado de Israel como Lar Nacional Judeu não significa aprovação de qualquer coisa que o governo de Israel faça.

7. Judeus ortodoxos são "anti-sionistas".

Facções judaicas ultra-ortodoxas são frequentemente citadas pela militância anti-israelense e/ ou anti-semitas que as apresentam como prova de que anti-sionismo e anti-semitismo são coisas diferentes.

A grande maioria dos judeus ortodoxos é sionista – no sentido em que apoia a proposição da ONU que reconheceu o Estado de Israel como Lar Nacional Judeu.
Os partidos religiosos judeu ortodoxos integram a base de apoio do Likud, o Partido Conservador, no Knesset (Parlamento Israelense).
Algumas facções ultra-ortodoxas se opõem sim ao moderno Estado de Israel, não por serem anti-sionistas, como pregam árabes, muçulmanos, militância esquerdista e anti-semitas em geral.
Estes ultra-ortodoxos são contra o moderno Estado de Israel por serem sionistas demais e não de menos.
Estas facções são contra o Estado laico de Israel e defendem que somente o Messias, sob missão divina, pode reerguer Eretz Israel como nação soberana, não apenas sobre a Palestina, mas sobre todo o mundo.
Podem até não ser sionistas no sentido sócio-histórico convencionado, mas o fato é que eles querem um Israel muito maior que o sonhado por Theodor Herzl.

8. Israel é um estado terrorista

O movimento sionista promoveu atentados terroristas contra militares britânicos e civis palestinos, se destacando o atentado ao Hotel King David e o massacre de Deir Yassin.
Estas ações se deram antes da criação do Estado de Israel.

O governo do Estado de Israel mais de uma vez forçou os limites aceitos pelas convenções internacionais, podendo ser acusado de violações ou mesmo de crimes de guerra nos termos da Convenção de Genebra sobre territórios ocupados.
Mesmo assim, classificar Israel como Estado terrorista é propaganda política que visa igualar moralmente o Estado judeu com seus agressores ou mesmo inverter os papéis.

Israel devolveu ao Egito a Península do Sinai, o maior e mais estratégico dos territórios ocupados sem maiores exigências que a preservação da paz pelos egípcios.
Cumprido este requisito mínimo, Israel nunca mais fez incursões agressivas contra o governo do Cairo.

Analisando o retrospecto, Israel manteve os acordos de paz que lavrou com organizações palestinas até o limite em que estas sistematicamente se valeram das posições conquistadas para promover mais ataques.


O quadro histórico evidencia que o Estado de Israel apresentou violações ao direito internacional enquanto existe e atua dentro dele, ao passo que seus inimigos ignoram completamente tal direito, caracterizando a chamada Guerra Assimétrica, que não isenta Israel da responsabilidade por violações, mas deixa claro quem é o lado terrorista neste conflito.

sábado, 2 de abril de 2016

Sobre uma tal Lei de Godwin

As analogias com o nazismo podem ser pouco úteis como instrumento de propaganda política, o que não muda o fato de serem muito didáticas.

A popularização da tal Lei de Godwin pela Internet afora criou o cacoete de que citar o nazismo é necessariamente um argumento inferior.
Sem dúvida é um argumento inferior quando não é argumento, como nos casos em que esquerdistas apelidam de "nazi" qualquer um que esteja um milímetro à direita das posições políticas deles.

Fora desta esfera banal, o nazismo é um modelo quase infindável para comparações não por sua face mais conhecida - o terror absoluto, absolutamente documentado.
O nazismo é didático por ser uma experiência histórica extremamente compacta.
Transformações políticas e sociais que em circunstâncias normais demorariam décadas para se consolidar na Alemanha nazista se desenvolveram em anos e, algumas delas, em semanas ou mesmo dias (compare a Alemanha de um mês antes e de um mês depois do incêndio do Reichstag).
Neste cenário único e fartamente documentado, relações políticas de causa e efeito que se diluíriam ao longo de décadas se mostram tenebrosamente límpidas, com todas as terríveis conclusões nas quais implicam.

E olha que Hitler, Goebbels, Goering e restante da quadrilha não eram exatamente gênios da estratégia política. Que Hitler tinha seus talentos é inegável, nenhum cabo do exército constrói uma carreira tão assustadoramente meteórica sendo um bunda mole, mas cada vez que buscamos seu grande plano estratégico encontramos apenas uma decisão férrea de conquistar o poder e impor sua visão maluca de mundo. Como esta decisão se tornou em realidade é uma sucessão de improvisos e apostas radicais por parte dos nazistas e um acúmulo de vacilos, trapalhadas e recuos da parte dos que deviam ter resistido.

Por isto a experiência nazista é um laboratório histórico subestimado, talvez por ensinar tanto sobre processos revolucionários e seus perigos, para desagrado dos que gostam de processos revolucionários, estejam eles à direita ou esquerda no espectro político.

sábado, 31 de outubro de 2015

Breve

A diferença fundamental entre direitistas e esquerdistas é que direitistas se inspiram no passado concreto e imperfeito que os formou, enquanto esquerdista se inspiram no futuro abstrato e perfeito que os formará.
Os fundamentos falam por si.

sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

República dos Bundões
Publicado originalmente em maio de 2006


Por Acauan

Desde a tentativa da camarilha ideológica do Partido dos Trabalhadores de tomar de assalto o estado brasileiro, o povo deste país, no que se refere à sua política interna, tem sofrido a extrema humilhação de assistir impotente uma tentativa não armada de golpe de estado promovida de dentro do Palácio do Planalto ser abafada com desculpas “eu não sabia de nada” vindas do presidente da república e por CPI’s esmeradas no esforço de inocentar os membros da quadrilha governante, com direito a dança da deputada bolo fofo.

Aliás o bundão da gorda balançado em nossas caras é a imagem que este governo deixa para História, que fossem os livros menos ortodoxos denominariam este período político como a República dos Bundões.

Geralmente evito ofender o presidente do Brasil.
Como chefe do Estado e do governo brasileiro democraticamente eleito, ele encarna uma instituição digna de respeito.

Mas há horas em que não dá mais para segurar, como dizia o Gonzaguinha, e a verdade tem que ser dita.
Lula é um bundão.

Mostrou-se um bundão durante o escândalo do mensalão, quando nem teve a coragem de ordenar uma profunda investigação que removesse da máquina do Estado todos os envolvidos com o esquema de corrupção, como não teve coragem para, negando a existência de tal esquema, defender seus colaboradores mais diretos junto com os quais construiu sua carreira política.
Limitou-se ao “eu não sabia de nada” e a deixar as águas rolarem apostando que até a eleição o povo já teria se esquecido de tudo, principalmente considerando que entre os eventos há um copa do mundo de futebol programada.

Mas nunca, que eu me lembre, um presidente do Brasil se mostrou tão bundão quanto Lula neste episódio da nacionalização das instalações da Petrobrás na Bolívia.
A situação toda se resume a um único fato: Fomos roubados.

Aqueles índios preguiçosos e incompetentes (felizmente tenho autorização étnica para dizer isto sem que possam me acusar de racista) que por seus próprios meios não construiriam nem um posto de gasolina, usaram os recursos, investimentos e tecnologias da empresa brasileira para transformar um recurso morto de seu sub-solo em riqueza explorada para seu país.
E depois, e somente depois, que estava tudo funcionando muito bonitinho é que vieram com esta conversa de interesses nacionais, mi pátria, mi tierra e mais daqueles slogans de cucarachas.
Por que não vieram com cantilenas nacionalistas quando o gás estava a muitos metros abaixo da superfície e se dependesse dos bolivianos seria lá que estaria até hoje?

Pois bem.
Uma companhia estatal brasileira é roubada a mão armada, literalmente já que aquela imitação barata do Hugo Chavez mandou tropas militares ocuparem instalações de propriedade de um país amigo, que não só sempre respeitou a soberania da Bolívia como sempre apoiou seu processo democrático e, muito estupidamente, a eleição do atual presidente que agradece nos metendo a mão.

Roubados e traídos pelo governantezinho de um paisinho de merda, o que se espera do presidente do Brasil?
No mínimo que proteste contra o roubo e a traição.

E o que vemos? Nosso presidente abraçado com aqueles que nos roubam e achincalham, com um discurso que dá a entender que não há nada de errado nas relações entre os dois países e prometendo manter os investimentos da Petrobrás no país ladrão.

Que haja no Brasil imbecis e mentirosos de esquerda que defendem a Bolívia com conversa mole do tipo "as leis bolivianas permitiam a nacionalização" vá lá. Nem vale a pena discutir com quem não sabe ou finge não saber que relações internacionais não são decididas arbitrariamente por leis nacionais de uma das partes.
Mas quando o presidente da república faz a mesma coisa, haja!

O mais tristemente irônico neste episódio é que a prioridade do Itamaraty nos últimos anos tem sido conquistar para o Brasil uma cadeira permanente no conselho de segurança da ONU, como líder e representante da América Latina.
Nunca soube prá que nos serviria tal cadeira, mas olhando os acontecimentos recentes, um país que não se faz respeitar pela Bolívia, se fará respeitar por quem? Se isto é liderança, eu sou o general Custer.

E me poupem os politicamente corretos de seu escândalo quanto ao meu expresso desprezo pelos bolivianos.
Um povo de ladrões não merece meu respeito.
E o pior é que, por menos respeito que me mereçam, ainda o merecem mais que o presidente de meu país.
Se de um lado temos um presidente ladrão que traiu uma nação amiga para se lançar a uma aventura populista, do outro temos um presidente bundão que abaixa a cabeça e outras partes do corpo diante daqueles que o roubaram e traíram.

Sermos humilhados pelo balançar da bunda da deputada dançante é uma triste rotina com a qual estamos acostumados.
Mas sermos todos reduzidos a bundões por uma republiqueta que ainda não descobriu de que lado fica o século XX é demais.

sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Que Monã nos Proteja II - Eleições

Os Partidos de oposição ou que deveriam ser precisam urgentemente entender o momento brasileiro.

As próximas eleições não definirão propostas para questões políticas e econômicas transitórias e sim o futuro da democracia brasileira.

O PT já perdeu o medo de revelar-se como é e declarou abertamente guerra às instituições democráticas, como pode se ler em seus manifestos abertos contra a Liberdade de Imprensa, o Poder Judiciário e a Economia de Mercado. Como cooptaram o Legislativo, este é um inimigo para ser eliminado mais tarde, mas tá na lista.

O tom oposicionista precisa necessariamente chamar os brasileiros para defesa do regime democrático, para despertarem para ameaça iminente de ruptura das instituições planejada pelo PT e mesmo para o risco de os divisionismos irresponsáveis promovidos pelos Petistas criarem fissuras irreparáveis na sociedade brasileira, que não levarão à revolução socialista almejada por eles, mas ao conflito generalizado e ao colapso social.

Já aconteceu antes e os sintomas são evidentes por toda a parte.
Nos aproximamos perigosamente do Ponto de Não Retorno do Projeto de Poder Petista.

Que Monã nos proteja.

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Que Monã nos Proteja I - Em Defesa da Imprensa Livre


Basta ler o que escrevem os propagandistas partidários do PT e organizações satélites para ter a evidência de uma estratégia orquestrada contra a imprensa livre.

Todos repetem, ad nauseam, a mesma lista de acusações que tenta dar credibilidade pública ao chavão ideológico da imprensa golpista.

Basta identificar algumas características do discurso militante contra imprensa para que sua verdadeira natureza e objetivos se evidencie:

1. Compare a acusação de que "seis famílias controlam a mídia no Brasil" com "os judeus controlam a mídia na Alemanha" e tirem suas próprias conclusões sobre os desdobramentos possíveis;

2. Na era da Internet, falar em monopólio da mídia é ridículo, mesmo se usassem o termo correto que seria oligopólio;

3. Antes de janeiro de 2003 o PT não condenava oficialmente a "mídia", exceto manifestações pontuais - como o slogan militante de diretório acadêmico "Fora Rede Globo". Pelo contrário, era na mídia que a militância petista desovava os dossiês comprometedores contra seus adversários políticos na época (e aliados hoje).
O ódio do PT à imprensa livre só assume sua verdadeira cara depois do escândalo do Mensalão;

4. Outra razão de ser do ódio petista à imprensa livre são números. A Revista Veja tem tiragem de 1.200.000 exemplares, enquanto a Carta Capital se segura nos 75.000 com a ajuda dos patrocínios federais.
Vox populi, vox dei...
Mas práquela corja, a voz do povo só interessa quando serve aos interesses dela, quando os contraria o povo se torna um bando de idiotas manipulados pela mídia;

5. Liberdade de Imprensa e Imprensa Livre são instituições situadas conceitualmente acima das empresas, organizações e indivíduos que atuam sob sua proteção, mas nem adianta explicar isto prá bitolado ideológico;

6. A corja quer o poder total, prá isto tem que controlar as organizações capazes de promover mobilizações de massa: os partidos políticos, sindicatos e organizações de classe e imprensa livre. Dois já tão no bolso. Também precisam neutralizar ideologicamente as forças armadas e as igrejas, instituições poderosas e tradicionalmente conservadoras;

7. O cinismo dos propagandistas de esquerda é tal que juram de pé juntos que não querem censura no Brasil. Dizem isto os mesmo que vão fazer arruaça contra a existência de um blog de oposição ao regime cubano. Se não toleram sequer um blog de oposição lá, por quais cargas d'água acreditar que não instalarão a censura aqui assim que se sentirem com poder suficiente prá isto?

8. E acreditar no que o PT diz sobre "democratização da mídia"(mais cinismo) não significar censura é como acreditar nos argumentos da raposa para ser eleita guardiã do galinheiro;

9. Já disse, mas não custa repetir, Corja!

10. Ah é..., E que Monã nos proteja!

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Só lembrando:
Uma necessidade, por si só, não define um direito;
Um direito não significa nada sem uma força que lhe dê garantia;
A mesma força que garante um direito hoje, pode suprimi-lo amanhã;
Direitos se fortalecem quando a força que os garante vem do mesmo consenso que os define.

sexta-feira, 7 de junho de 2013

Um erro das utopias políticas coletivistas é criar sujeitos que não existem na realidade.
Coletivos abstratos como "o povo", "os políticos" ou "as elites" são apresentados como se tivessem uma consciência individual e agissem guiados por ela, o que é obviamente absurdo.
Pior é quando abstrações inanimadas como "a ciência", "o Progresso" ou "a História" são transformados em sujeitos e igualados a indivíduos humanos que podem pensar, decidir e agir.

O erro é autoevidente, mas vícios ideológicos de pensamento impedem que seja visto.
Repetindo e reforçando: Só indivíduos humanos pensam, decidem e agem politicamente, sendo portanto os únicos sujeitos políticos reais.