Postado
originalmente em 01 Jun 2011, 14:41
Por Carlos Acauan
1. Israel
promove o genocídio dos palestinos.
Desde a
criação do Estado de Israel, o governo que mais matou palestinos em ações
militares diretas foi o da Jordânia, nação à qual os palestinos pertencem
étnica, cultural e geograficamente.
A
organização terrorista Setembro Negro foi nomeada assim para lembrar a data do
massacre promovido pelo exército jordaniano.
Em segundo
lugar vem o Líbano, que assim como a Jordânia promoveu ações - sem fazer distinção
entre militantes armados e refugiados civis - para expulsar de seu território a
OLP, Organização para Libertação da Palestina, de Yasser Arafat. Outras nações
do Oriente Médio reagiram violentamente à presença de refugiados palestinos em
seus territórios.
Israel
mantém supremacia militar absoluta sobre os territórios árabes ocupados há mais
de quarenta anos. Se reprimisse os palestinos com a mesma fúria com que o
fizeram seus irmãos e vizinhos árabes, hoje o povo palestino não existiria
mais.
2. Israel é
um estado racista, que nega direitos aos que não são judeus
Cerca de
20% da população de Israel é composta de cidadãos árabes aos quais é garantida
plena igualdade de direitos civis com os judeus. Estes cidadãos árabes
israelenses têm direito a voto, possuem seus próprios partidos políticos de
oposição ao governo e mantém representantes eleitos no parlamento.
A maioria
dos países árabes impede seus cidadãos judeus de ter acesso a cargos no governo
ou de instituir organizações políticas de qualquer espécie.
3. Israel
move uma guerra covarde contra um povo fraco e indefeso
Desde sua
criação Israel vive em estado permanente de guerra não declarada contra uma
coalizão de países árabes cuja somatória das populações, efetivos militares e
recursos estratégicos superam os do Estado Judeu em proporção de dezenas contra
um. Mesmo assim o Estado de Israel derrotou seus inimigos em campo de batalha
por três vezes.
4. O
sucesso militar de Israel é devido ao apoio dos Estados Unidos
Israel
venceu a guerra de independência contra a coalizão de países árabes em 1948
mobilizando as forças e recursos dos movimentos insurgentes judeus que
combateram os britânicos.
A Guerra
dos Seis Dias foi vencida por um conjunto de estratégias que teve como
protagonista o supersônico Mirage III, de fabricação francesa.
Na Guerra
do Yom Kippur Israel contou com armamento avançado de fabricação americana, mas
seus inimigos árabes eram fartamente supridos pela União Soviética em
quantidades muito superiores.
5. O Estado
de Israel é ilegítimo
Todos os
estados árabes do Oriente Médio tiveram suas fronteiras definidas por tratados
arbitrados pelas potências vencedoras da Primeira Guerra Mundial que
desmembraram o vencido Império Otomano.
A criação
do Estado de Israel também foi arbitrada, porém com a chancela da Assembléia
Geral das Nações Unidas.
6.
Anti-sionismo é diferente de anti-semitismo, nem todo judeu é sionista
O apoio da
comunidade judaica internacional ao Estado de Israel é praticamente unânime.
As exceções
numericamente desprezíveis são grupos ultra-ortodoxos como a Naturei Karta ou
judeus étnicos ligados a alguma militância política de esquerda.
Ressalve-se
que reconhecimento e apoio ao direito de existência do Estado de Israel como
Lar Nacional Judeu não significa aprovação de qualquer coisa que o governo de
Israel faça.
7. Judeus
ortodoxos são "anti-sionistas".
Facções
judaicas ultra-ortodoxas são frequentemente citadas pela militância
anti-israelense e/ ou anti-semitas que as apresentam como prova de que
anti-sionismo e anti-semitismo são coisas diferentes.
A grande
maioria dos judeus ortodoxos é sionista – no sentido em que apoia a proposição
da ONU que reconheceu o Estado de Israel como Lar Nacional Judeu.
Os partidos
religiosos judeu ortodoxos integram a base de apoio do Likud, o Partido
Conservador, no Knesset (Parlamento Israelense).
Algumas
facções ultra-ortodoxas se opõem sim ao moderno Estado de Israel, não por serem
anti-sionistas, como pregam árabes, muçulmanos, militância esquerdista e
anti-semitas em geral.
Estes
ultra-ortodoxos são contra o moderno Estado de Israel por serem sionistas
demais e não de menos.
Estas
facções são contra o Estado laico de Israel e defendem que somente o Messias,
sob missão divina, pode reerguer Eretz Israel como nação soberana, não apenas
sobre a Palestina, mas sobre todo o mundo.
Podem até
não ser sionistas no sentido sócio-histórico convencionado, mas o fato é que
eles querem um Israel muito maior que o sonhado por Theodor Herzl.
8. Israel é
um estado terrorista
O movimento
sionista promoveu atentados terroristas contra militares britânicos e civis
palestinos, se destacando o atentado ao Hotel King David e o massacre de Deir
Yassin.
Estas ações
se deram antes da criação do Estado de Israel.
O governo
do Estado de Israel mais de uma vez forçou os limites aceitos pelas convenções
internacionais, podendo ser acusado de violações ou mesmo de crimes de guerra
nos termos da Convenção de Genebra sobre territórios ocupados.
Mesmo
assim, classificar Israel como Estado terrorista é propaganda política que visa
igualar moralmente o Estado judeu com seus agressores ou mesmo inverter os
papéis.
Israel
devolveu ao Egito a Península do Sinai, o maior e mais estratégico dos
territórios ocupados sem maiores exigências que a preservação da paz pelos
egípcios.
Cumprido
este requisito mínimo, Israel nunca mais fez incursões agressivas contra o
governo do Cairo.
Analisando
o retrospecto, Israel manteve os acordos de paz que lavrou com organizações
palestinas até o limite em que estas sistematicamente se valeram das posições
conquistadas para promover mais ataques.
O quadro
histórico evidencia que o Estado de Israel apresentou violações ao direito
internacional enquanto existe e atua dentro dele, ao passo que seus inimigos
ignoram completamente tal direito, caracterizando a chamada Guerra Assimétrica,
que não isenta Israel da responsabilidade por violações, mas deixa claro quem é
o lado terrorista neste conflito.