Publicado originalmente em 02 Ago 2006, 22:20
Por Acauan
As circunstâncias que criaram o Estado de
Israel foram as mesmas que criaram a Siria, a Jordânia, o Líbano e todos
os estados árabes que surgiram do esfacelamento do Império Otomano
através dos protetorados britânico e francês no Oriente Médio.
Todas
aquelas fronteiras são artificiais, não apenas as de Israel, pois todas
foram criadas a partir de linhas traçadas nos mapas por diplomatas
ocidentais.
É interessante que os sensibilizados com a causa
palestina, que tanto questionam a legitimidade do Estado de Israel, não
liguem a mínima para os curdos da Turquia, Siria e Irã e muito menos
questionem a legimitidade daqueles estados por terem sido instituídos à
revelia dos interesses do povo curdo.
A questão do direito de existência do Estado
de Israel é inevitável em qualquer discussão sobre as contradições
políticas do Oriente Médio.
Toda e qualquer análise deve considerar o
fato de que o objetivo dos vizinhos árabes sempre foi e continua sendo
lançar o Estado de Israel no mar, de onde vêm as razões políticas,
militares e morais alegadas pelos israelenses para justificar sua
decisão de defender seu país a qualquer custo.
Quanto aos
direitos de parte do mundo árabe, quem os faz sofrer antes e muito mais
que o Estado de Israel são seus líderes políticos ditatoriais,
incompetentes, corruptos e retrógrados, líderes estes que devem
agradecer a Allah em cada uma das orações do dia pelo Estado de Israel
existir e desviar a atenção de seus povos para este inimigo conveniente.
Tire
o exemplo do Egito, que fez e respeitou um tratado de paz com o Estado
de Israel e em troca teve devolvida a Península do Sinai, sem outras
exigências além da paz em si, e nunca mais foi incomodado pelos
israelenses.
E quantos aos ódios, as massas de qualquer lugar odeiam o que suas lideranças os induzem a odiar.
Ódio é naturalmente um sentimento pessoal, que só assume conotações políticas quando direcionado para isto por alguém.
Nos
últimos cinqüenta anos os árabes embarcaram nas canoas furadas do
panarabismo nacionalista esquerdista de Nasser, no terrorismo ideológico
de Khadafi e Arafat e agora se deixam seduzir pelo radicalismo islâmico
revolucionário, que na essência é uma versão religiosa requentada dos
outros dois. Acrescente ao angu as colheres metidas pelos sauditas da
casa de Wahab e pelos aiatolás iranianos.
E esteja certo que os
judeus não sentem nem um pouco de dificuldade em não serem mais vistos
como vítimas. Quem foi vítima como eles foram tem todos os motivos do
mundo para não querer que isto se repita.
E a única garantia que tem
de que não se repita é o Estado de Israel e seus braços armados, Tzvah
Haganah, Heyl Ha'avir e Heyl Ha'yam.
domingo, 5 de maio de 2013
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