domingo, 5 de maio de 2013

Eretz Israel

Publicado originalmente em  02 Ago 2006, 22:20 
Por Acauan

As circunstâncias que criaram o Estado de Israel foram as mesmas que criaram a Siria, a Jordânia, o Líbano e todos os estados árabes que surgiram do esfacelamento do Império Otomano através dos protetorados britânico e francês no Oriente Médio.
Todas aquelas fronteiras são artificiais, não apenas as de Israel, pois todas foram criadas a partir de linhas traçadas nos mapas por diplomatas ocidentais.

É interessante que os sensibilizados com a causa palestina, que tanto questionam a legitimidade do Estado de Israel, não liguem a mínima para os curdos da Turquia, Siria e Irã e muito menos questionem a legimitidade daqueles estados por terem sido instituídos à revelia dos interesses do povo curdo.


A questão do direito de existência do Estado de Israel é inevitável em qualquer discussão sobre as contradições políticas do Oriente Médio.
Toda e qualquer análise deve considerar o fato de que o objetivo dos vizinhos árabes sempre foi e continua sendo lançar o Estado de Israel no mar, de onde vêm as razões políticas, militares e morais alegadas pelos israelenses para justificar sua decisão de defender seu país a qualquer custo.

Quanto aos direitos de parte do mundo árabe, quem os faz sofrer antes e muito mais que o Estado de Israel são seus líderes políticos ditatoriais, incompetentes, corruptos e retrógrados, líderes estes que devem agradecer a Allah em cada uma das orações do dia pelo Estado de Israel existir e desviar a atenção de seus povos para este inimigo conveniente.
Tire o exemplo do Egito, que fez e respeitou um tratado de paz com o Estado de Israel e em troca teve devolvida a Península do Sinai, sem outras exigências além da paz em si, e nunca mais foi incomodado pelos israelenses.

E quantos aos ódios, as massas de qualquer lugar odeiam o que suas lideranças os induzem a odiar.
Ódio é naturalmente um sentimento pessoal, que só assume conotações políticas quando direcionado para isto por alguém.
Nos últimos cinqüenta anos os árabes embarcaram nas canoas furadas do panarabismo nacionalista esquerdista de Nasser, no terrorismo ideológico de Khadafi e Arafat e agora se deixam seduzir pelo radicalismo islâmico revolucionário, que na essência é uma versão religiosa requentada dos outros dois. Acrescente ao angu as colheres metidas pelos sauditas da casa de Wahab e pelos aiatolás iranianos.

E esteja certo que os judeus não sentem nem um pouco de dificuldade em não serem mais vistos como vítimas. Quem foi vítima como eles foram tem todos os motivos do mundo para não querer que isto se repita.
E a única garantia que tem de que não se repita é o Estado de Israel e seus braços armados, Tzvah Haganah, Heyl Ha'avir e Heyl Ha'yam.